quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ENTORNO PAISAGÍSTICO, EDIFICAÇÕES E NÍVEIS

A quadra onde está o terreno é constituída de construção de baixo gabarito – no máximo dois pavimentos.
A construção de um edifício multifamiliar verticalizado trará mais dinâmica para a silhueta da avenida nesta região.

PERSPECTIVA GOOGLE EARTH

O terreno pode ser considerado plano, visto que o caimento de 2m é quase imperceptível diante de suas dimensões (30 x 50 x 33 x35 mts.)

CURVAS DE NÍVEL - SEM ESCALA

Logo a sul uma leve inclinação se inicia sentido ao fundo de vale do córrego Lagoinha – Parque Santa Luzia; o que possibilita trabalhar com algo relacionado à amplitude visual.


ENTORNO PAISAGÍSTICO

 A configuração dos elementos vegetais presentes na área são na grande maioria de porte médio e com algumas ocorrências o porte mais alto e baixo.
Como o sítio é pouco denso, ou seja, apresenta poucas edificações, os lotes vagos tomam conta da maior porção dessa área, entretanto sua cobertura vegetal é bem escassa, apresentando somente alguns arbustos e árvores de baixo porte. Com relação ao terreno, este, por sua vez, não apresenta nenhuma árvore ou arbusto.
A área, no geral, não possui arborização e edificações suficientes para promover sombra aos transeuntes, levando, por conseqüência, a uma luminosidade excessiva que interfere na percepção das formas do entorno.
Como espaço verde de lazer próximo ao lote escolhido existem duas praças:  a Praça Calimério Lobato e a Praça do Centenário, ambas a uma distância de aproximadamente 800 metros do lote.


O canteiro central da Avenida João Naves é um local ideal para se trabalhar o paisagismo e arborização, demarcando e criando uma identidade ainda maior para esta que é uma das avenidas principais de Uberlândia. Infelizmente, como se observa na figura acima, isso não acontece, e a vegetação ocorre com bastante espaço entre si.

INCIDÊNCIA SOLAR E DIREÇÃO DOS VENTOS

O terreno recebe insolação durante todo o dia, sendo a face Oeste a mais crítica por estar sujeita a insolação da tarde durante o ano todo.
A fachada voltada para a Av. João Naves – Sudoeste – recebe insolação no período da tarde durante toda a primavera e parte do inverno.
A fachada Leste recebe sol durante todo o período da manhã.

Os ventos dominantes chegam da direção nordeste.

CLASSIFICAÇÃO DE USOS

VOLUMETRIA:

- ZE – Taxa de Ocupação Máx.  - 70%
       – Coeficiente de Aproveitamento Máximo de 4,0*
Para H2 nos lotes com frente para a Via Estrutural:  CA = 3,0
 
ÁREA DO TERRENO = 1.222m²
ÁREA MÁXIMA DE PROJEÇÃO HORIZONTAL= 855,4 m²
ÁREA MÁXIMA DE CONSTRUÇÃO = 3.666 m²

 

LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

-O terreno está situado na Zona Estrutural da Avenida João Naves de Ávila, em seu eixo Sudeste.
- Para o local é permitido o Uso Habitacional Multifamiliar (H2).


 
Os usos mais encontrados na área foram: residencial unifamiliar, institucional (Igreja), Serviço (Bares, Ferragista, lava a jato, escritório de contabilidade, oficina mecânica, salão de beleza), comércio (farmácia, madeireiras e lojas de materiais de construção).

No eixo da Avenida João Naves há o predomínio de atividades comerciais e prestação de serviços, o uso residencial é maior conforme se adentra o bairro Segismundo Pereira e se percorre as ruas locais. A característica comercial se concentra também ao longo das principais ruas e avenidas do bairro, como a Rua João Balbino, a Avenida Segismundo Pereira, a Avenida Dr. Jaime Ribeiro da Luz e a Av. Dr. Misael R. de Castro, todas citadas são de pista dupla e canteiro central. 

Portanto, a implantação do Edifício Verticalizado Flexível para Habitação Multifamiliar nesse local tem a finalidade de diversificar o uso na Avenida e aumentar a dinâmica praticada no gabarito da região, que predomina em até dois pavimentos.

ESTUDOS PRELIMINARES PARA PRIMEIRO PROJETO DE HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR

SOBRE A ESCOLHA DO TERRENO E SEU ENTORNO IMEDIATO
A compreensão e a interpretação do lugar podem contribuir para gerar o espaço arquitetônico na medida em que tem o potencial de induzir modos diferenciados de ordenação da construção e das relações de uso que ali acontecem.  A conformação pré-existente do terreno natural, sua planimetria e altimetria, e ainda a sua relação com a estrutura urbana, com a paisagem e com os aspectos naturais inerentes ao sítio, relativos ao clima, permitem a identificação de diretrizes de ordenação do espaço e da forma. Tais diretrizes, uma vez interpretadas pelo arquiteto, podem se repercutir diretamente na configuração final do objeto arquitetônico, seja de modo a reafirmar os aspectos espaciais e formais pré-existentes no lugar, seja de modo a negá-los, ou ainda de modo a incluí-los como referência parcial à realização da construção, em uma dialética permanente entre as determinações do lugar, do programa e da construção. (MACIEL, 2003)

O terreno escolhido apresenta forma trapezoidal irregular com seu  comprimento maior de 50 metros e 30 metros de largura (1.222 m²) e situa-se no Bairro Segismundo Pereira no setor Leste de Uberlândia.